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Quarta-feira, 1 de Março de 2006

Haja o que houver...


Na Romênia , um homem dizia sempre a seu filho:


-Haja o que houver, eu sempre estarei a seu lado.


Houve, nesta época um terremoto de intensidade muito grande, que quase alisou as construções lá existentes nesta época. Estava nesta hora este homem em uma estrada. Ao ver o ocorrido, correu para casa e verificou que sua esposa estava bem, mas seu filho nesta hora estava na escola. Foi imediatamente para lá. E a encontrou totalmente destruída. Não restou, uma única parede de pé. Tomado de uma enorme tristeza. Ficou ali ouvindo, a voz feliz de seu filho e sua promessa (não cumprida) "Haja o que houver, eu estarei sempre a seu lado". Seu coração estava apertado e sua vista apenas enxergava a destruição. A voz de seu filho e sua promessa não cumprida , o dilaceravam.


Mentalmente percorreu inúmeras vezes o trajeto que fazia diariamente segurando sua mãozinha. O portão (que não mais existia);corredor. Olhava as paredes, aquele rostinho confiante. Passava pela sala do 3 ano , virava o corredor e o olhava ao entrar. Até que resolveu fazer em cima dos escombros, o mesmo trajeto. Portão, corredor, virou a direita e parou em frente ao que deveria ser a porta da sala. Nada! Apenas uma pilha de material destruído. Nem ao menos um pedaço de alguma coisa que lembrasse a classe. Olhava tudo desolado.


E continuava a ouvir sua promessa: "Haja o que houver, eu sempre estarei com você". E ele não estava... Começou a cavar com as mãos. Nisto chegaram outros pais, que embora bem intencionados, e também desolados, tentavam afastá-lo de lá dizendo:


- Vá para casa. Não adianta, não sobrou ninguém.


- Vá para casa.


Ao que ele retrucava: Você vai me ajudar? Mas ninguém o ajudava, pouco a pouco, todos se afastavam. Chegaram os policiais, que também tentaram retirá-lo dali, pois viam que não havia chance de ter sobrado ninguém com vida. Existiam outros locais com mais esperança. Mas este homem não esquecia sua promessa ao filho, a única coisa que dizia para as pessoas que tentavam retirá-lo de lá era :


- Você vai me ajudar ?


Mas eles também o abandonavam. Chegaram os bombeiros, e foi a mesma coisa...


- Saia daí, não está vendo que não pode ter sobrado ninguém vivo? Você ainda vai por em risco a vida de pessoas que queiram te ajudar pois continuam havendo explosões e incêndios. Ele retrucava :


- Você vai me ajudar?


- Você esta cego pela dor não enxerga mais nada. Ou então é a raiva da desgraça.


- Você vai me ajudar?


Um a um todos se afastavam. Ele trabalhou quase sem descanso, apenas com pequenos intervalos mas não se afastava dali. 5 h / 10 h/12h/22h /24h /30 h .


Já exausto, dizia a si mesmo que precisava saber se seu filho estava vivo ou morto. Até que ao afastar uma enorme pedra, sempre chamando pelo filho ouviu:


- Pai ...estou aqui! Feliz fazia mais força para abrir um vão maior e perguntou:


- Você esta bem?


- Estou. Mas com sede , fome e muito medo.


- Tem mais alguém com você?


- Sim, dos 36 da classe 14 estão comigo estamos presos em um vão entre dois pilares. Estamos todos bem. Apenas conseguia ouvir seus gritos de alegria .


- Pai , eu falei a eles: Vocês podem ficar sossegados, pois meu pai irá nos achar. Eles não acreditavam, mas eu dizia a toda hora ... Haja o que houver, meu pai, estará sempre a meu lado.


- Vamos, abaixe-se e tente sair por este buraco .


- Não! Deixe eles saírem primeiro... Eu sei; que haja o que houver... Você estará me esperando!



Autor desconhecido.


publicado por mcapote às 17:23
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