Não vejo a lua nesta noite
Ela se esconde por detrás das nuvens
Procuro por seu brilho anestesiante
Mas encontro apenas esta pálida noite.
Fantasio o seu brilho cintilante
Dando novos reflexos a esta escuridão.
E por esta espera me envolvo completamente
Perdendo delicadamente a razão.
Este infinito traduz a minha alma ávida por vida
Consciente deste meu anseio profundo
Desta luz inebriante dando variantes irreais
Colorindo a minha vida em várias nuances.
E tempo demora de passar...
As nuvens ainda encobrem este corpo celeste
Minha boca seca, perco a respiração fico febril.
Impaciente como um lobo uivando na escuridão
E de repente como mágica a noite fica mais brilhante,
A minha lua aparece invadindo o céu com o seu esplendor
Prendendo-me nesta imensidão incandescente.
Enfeitando com o seu brilho a esta escuridão sem fim.
Iara Brandão